segunda-feira, 26 de abril de 2010

Não tente me entender...

... Eu me viro bem com a solidão.
Boa noite!

Amanhã me torno apto a beber em qualquer lugar do mundo. Menos uma amarra social a me restringir. Uhu.

Desanimado? Muxoxo? Só impressão, deixe pra lá. Não sou exatamente um exemplo de pessoa feliz, mas tenho andado contente, ainda que com espasmos de cansaço. Tenho cansaço das pessoas, acho, hahahaha.

Um dia eu pegarei todas essas postagens e farei um livro em cima delas, aguardem e verão. Tenho notas mentais, algumas computadas, relativas a cada postagem e sei, através dela, o que vem se passando, haha.

Sem reflexões explícitas, hoje. Leiam entrelinhas.
Até logo e boa sorte!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

And if you have five seconds to spare...

... Then I'll tell you the story of my life.
Boa noite.

Ê, vida boa. Tô abusando da loucura do ermitão, tá muito bom. E nem venha me chamar de autista!
Acho que o universo realmente conspira à favor de quem corre atrás. Sem mais.

Até logo e boa sorte!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Desde quando poesia é verdade?

Desde quando verdade vicia?
Tô esperando que você me diga desde aquele dia...
Boa noite!

Ébrio e etéreo. É como eu tenho estado nesses dias cinzas de céu pálido, de olhos tristes, de ruas úmidas e expressões secas: dias ébrios e - por que não? - etéreos. Os raios de sol estão cada vez mais raros, ainda que os dias ensolarados não estejam. Minha casa talvez já não seja mais um lar, talvez seja apenas eu, muito rigoroso, ou muito deprimido, talvez muito idiota, não sei, mas apostaria no idiota. Eu já não me encaixo faz tempo, mas há tempos eu já não brinco de Lego, mesmo, então estamos quites, peças!

A lucidez já não me satisfazia, então procurei colo na cidade, na loucura, nas noites de outono de uma grande cidade, de um grande desastre, de um grande temporal. Acho que um grande paradoxo me ocorreu na noite passada ao ver um filme, O Solista, no momento em que me identifiquei com duas personagens, duas paralelas: a personagem principal era um conceito duvidoso, admito, pois o enredo focava em duas vidas, em como ambas se influenciavam.
De um lado, um jornalista que viveu à margem da fé, fugindo do improvável sucesso, que dado um certo momento de sua vida - uma provável epifania gerada pelo rolar dos dados, pelo sorriso da sorte - se encontra fascinado pela personagem com quem divide os holofotes;
Do outro lado, um músico-prodígio que chegou a uma renomada escola de música, onde poucos chegam - os poucos que merecem, os poucos dotados da graça do dom musical -, que jamais encontrara paz em sua vida, pois esquizofrênico, então abandonando sua carreira e se tornando morador de rua.

Ainda que uma comparação cruel, diria que há um laço entre as personagens: a loucura e sua negação. Qual é o limite da sanidade de um ser humano? Até onde vai a lucidez? Somos lúcidos, ao negar a nós mesmos a chance de amarmos e, portanto, nos doarmos ao inevitável nesta vida?
O ermitão é louco, pois hermético.

Aos olhos desatentos que assistiram ao filme, amizade entre os protagonistas salvou a saúde mental do músico, quando na realidade salvo foi o jornalista.
Bom filme, recomendo.
Até logo e boa sorte.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Todo cara luta por uma menina...

... E a Palestina luta pra sobreviver!
Boa noite!

Época das loucuras, ainda que minha vida, em si, já venha se tornando uma loucura sitiada, remediada, observada em culturas de criação, quase que em uma dessas placas de Petri!

Estou feliz ao olhar pra trás. A falta de perspectiva não me entristece, até porque não é uma verdadeira falta de perspectiva, talvez seja apenas uma falta de criatividade para ver o futuro, por saber que o futuro não é nenhum sonho, nenhuma brisa a fazer dançar as folhas do carvalho, a fazer voar as gotas de orvalho, a fazer viver o fechar dos meus olhos.

Por hora, apenas isso. Só acho engraçado o quão fúteis podem ser nossas lutas, enquanto a luta num macrocosmo pode ser tão mais grandiosa.
Até logo e boa sorte!