segunda-feira, 10 de maio de 2010

A vida corre lá fora...

... Sem ter porquê nem razão.
Boa noite.

Um ano juntos, por amor às causas perdidas. Eu os saúdo!
Nesta fria noite de maio eu falarei sobre arte.

Outro dia eu pensei sobre a arte e seu significado real. Alguém aqui arriscaria um palpite sobre a arte? Sobre o que ela é?
Convenhamos, a arte é fútil, a arte é algo tão essencial quanto uma meia. Puro devaneio social, um aparato de cunho cultural, discorda?
Garanto que TODOS os leitores discordarão, mas poucos trarão um argumento verdadeiro, ou um argumento de importância, mas tudo bem: os entendo, francamente. É difícil entender a dimensão da relevância da arte quando não se entende a dimensão da relevância da vida.

A arte, meus caros, é a sobrevida, é a sobrevivência. Suamos arte ao sobreviver às incumbências que a vida nos traz.

A experiência, as máculas da juventude do retrato de Dorian Gray, as loucuras de Dean Moriarty, as vidas que se perdiam aos olhos nus de Bernard Rieux: a arte sobrevive aos destemperos de cada rasgo de nossa existência. O que não mata, fere! Fortalece? Duvidoso, mas as feridas nos trazem bons contos, sem dúvidas.
A arte também é a sobrevida, como antes falei: onde nosso corpo perece, a arte perdura.

Mas falei demais. Agora me despeço com um leve agradecimento a este ano completo de Floretes & Devaneios: obrigado.
Até logo e boa sorte.

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