segunda-feira, 19 de julho de 2010

I don't dream about anyone...

... Except myself!
Boa tarde.

Acordei cedo nesta manhã fria, muito fria, após travar cenas e cenas de amor com meus colchão e travesseiro e tanto apaixonado me vou enquanto nos despedíamos - Eu tenho que ir, tenho um dia pela frente! - Não me deixe, faz frio sem teu corpo - Mas eu devo ir: de noite eu serei seu, novamente - E como eu poderia sentir seu cheiro, a tua roupa jogada em mim, atravessando toda a minha extensão? - Eu não queria te deixar! Passaria minha eternidade debaixo das cobertas com você... - Pois trate de voltar logo, ao menos...

Já fora de casa, esperando pela carona que me levaria à faculdade eu percebo que esqueci meus cigarros no bolso de outra bermuda e sou obrigado a trair meu maço ainda cheio com cigarros vendidos a varejo: pequenos casos efêmeros e sem importância que mantive paralelamente. O amor é difícil: se não houvesse a distância, tanta coisa seria mais fácil e a verdade é que ninguém jamais saberia se meus cigarros estão sendo retirados do meu bolso e ininterruptamente fumados sem que eu saiba...

A minha carona me liga em cima da hora me avisando que não vai me buscar, então embarco em um micro-ônibus que periodicamente transporta jovens à minha faculdade e sento ao lado de uma guria que sorri para mim. Retribuo o gesto e penso em como a vida seria mais fácil se meus cigarros estivessem no meu bolso e, claro, penso que seria interessante se eu pedisse cigarros a ela, mas no fundo eu acho que não quero mesmo. Vejo a paisagem passar enquanto não saio do lugar, até que enfim avisto a grama que cerca o prédio no qual estudo e desço...

A vida seria mais fácil se eu pudesse fumar exatamente o cigarro que eu queria fumar. À espera, bebo e sonho com o trago-a-trago...

Enfim, fico por aqui e recomendo Hatful of Hollow do The Smiths.
Até logo e boa sorte!

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