segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Se ao menos eu pudesse te mostrar...

... Que o inferno são os outros.
Boa tarde.

Quero começar a escrever a postagem de hoje e há milhões de formas de começá-la, os tantos quadros na parede e as tantas formas de se ver o mesmo quadro: acho que sou uma Legião, onde ninguém é igual a ninguém. Fico meio sem saber o que você quer, meio sem entender se sou um só, se sou só um pra você, se sou só seu, ou você é só minha - divido minha boca entre você e os cigarros e, adivinhe, eles passam mais tempo comigo que você...

Já tanto escutei que "a realidade não é senão fruto do que pensais" e por isso temo: minha cabeça não anda boa há alguns meses: A solitude às vezes se confunde com solidão e o coração pára...

Não sei se chegarei a alterar meu roteiro de viagens, mas a Amazônia já não me parece mais tão segura, não posso me assegurar na solitude do nada se tampouco posso me segurar na solidão da cidade. Só quero que o hiato entre você e você acabe de uma vez, pois a espera de meses na mente de um louco dura décadas...

A seguir, um trecho do meu mais novo texto:

"Poucas luzes acesas no caminho e a noite parece demente - há tanto tempo eu não via sentido na noite, ou no dia, ou em você e estar sóbrio nunca me ajudou a chegar a algum lugar, sabe? - enquanto as pessoas parecem fingir a todo momento, ao sorrir querendo chorar, ao chorar querendo sorrir, aos gritos de descontrole que encobrem gritos de desespero, gritos de desconforto, gritos de decepção. As poucas luzes nos salvam de nós mesmos. Às poucas luzes, nos salvamos aos poucos, com sussurros roucos à flor da pele, pele a pele, ébrios e puros momentos juntos, a comunhão em sua forma mais verdadeira."

Agora me despeço, recomendando um Rivotril e o filme Medo e Delírio em Las Vegas. Não recomendo que os dois se misturem.
Até logo e boa sorte!

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